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Ed. Folio nº 2797, 1059 pág. |
George Simenon é um dos meus escritores favoritos da literatura policial (considerado por muitos um género menor), da qual já falei num outro
post, a propósito de Nero Wolfe.
Este é um dos autores mais lidos e traduzidos em todo o mundo, embora eu tenha que reconhecer que nunca li nenhum dos seus romances. No entanto, as histórias escritas no que diz respeito ao Inspector Maigret fazem as minhas delícias, especialmente "Maigret se defend", em que Maigret se tem que defender perante tudo e todos de uma falsa acusação.
Num passeio lisboeta, que nos levou para as bandas da Livraria Francesa, dei de caras com a biografia deste autor, escrita por Pierre Assouline. Nas suas páginas fiquei a saber pormenores da vida deste escritor belga, que inclusivé, após a Segunda Grande Guerra, correu risco de vida por ter tido alguma simpatia pelo lado alemão (embora pareça mais pelo que se lê ser um lado interesseiro, para manter a sua boa vida e não um lado de militância).
George Simenon tem uma produção literária extraordinária, começando muito cedo na Bélgica no meio jornalístico, optando por viver em Paris, para onde foi em 1922, tendo igualmente vivido um grande período de tempo na América do Norte e terminado a sua vida na Suiça, em 1989.
Tinha hábitos e horários rígidos, sempre em busca do romance perfeito, que o permitissem aceder ao patamar dos escritores que receberam um Nobel, mas nunca o conseguiu.
Para quem gosta deste escritor, eis uma excelente forma de conhecer mais um pouco do homem por detrás do Inspector Maigret, personagem baseada num vizinho médico, que morava no mesmo prédio, que George Simenon, na Place des Vosges. Quer Maigret quer Simenon sonharam ser médicos um dia!